quarta-feira, 15 de julho de 2015

SE ANALISAR BEM TUDO E POLITICA




É comum hoje em dia a utilização de determinados termos e expressões aos quais, às vezes, não damos atenção, mas são importantes se queremos entender a nossa situação política. Pessoas há que dizem "detesto política" e esquecem ou não sabem que toda a sua vida, o seu dia-a-dia, giram ou estão intimamente ligadas a essa circunstância, ou seja, á POLÍTICA. O preço do feijão, do transporte, a escola do seu filho, o desemprego, o aluguel, a casa própria, tudo é um caso de política. Uma decisão política, por exemplo, o aumento de uma alíquota de imposto sobre a gasolina, faz aumentar a passagem do seu ônibus. Conseqüentemente, a sua manicure que anda de ônibus, recompõe o preço do seu trabalho. Você gasta mais, fica mais bonita, mas não sobra dinheiro para o forró da sexta feira.

Se analisar bem, tudo é...............POLÍTICA.

Termos, tais como, centro, direita, esquerda, situação, oposição, são banais hoje em dia e devem ser entendidos para que melhor possamos participar ou compreender um pouco a quantas anda a nossa situação, as esperanças que podemos cultivar, as lambanças feitas pelos nossos representantes, onde foi que erramos na nossa escolha....!

Atualmente as posições políticas são classificadas em três rótulos característicos e particulares: Direita Centro e Esquerda.

Deve-se essa terminologia, á Revolução Francesa (1789-1799). Luta interna que envolveu políticos das várias camadas sociais, na França do século XVIII. As posições que essas camadas sociais ocuparam (fisicamente) no "Estados Gerais" (Espécie de Congresso Legislativo), deu origens àquelas denominações Em 1789, quando teve início os trabalhos para a elaboração da primeira constituição francesa, os representantes políticos (deputados) se posicionaram "geograficamente" nos assentos do plenário da seguinte forma:

Á Direita do plenário instalaram-se os representantes da alta burguesia chamados de Girondinos. Era um grupo bem conservador, procuravam defender seus privilégios e evitar que as classes populares pudessem chegar ao poder ou tivessem suas reivindicações atendidas. Não pretendiam grandes mudanças e sim reformas que os beneficiassem. Os representantes da esquerda os chamavam de reacionários.

Á Esquerda se posicionaram os representantes da baixa burguesia, os trabalhadores em geral e aqueles das camadas mais oprimidas. (sans-Culottes).

Esse grupo se reunia em um partido denominado de Jacobinos. Estes eram mais radicais e queriam destruir toda a ordem política, econômica e social existente. Lutavam por reformas que levassem á conquistas e melhorias sociais. Eram progressistas e revolucionários e a direita os chamava de agitadores e radicais.

No centro da assembléia acomodavam-se os membros representantes de uma parte da alta burguesia, parte da pequena e média burguesia, alguns membros da aristocracia, ou seja, a composição era variada. Não eram radicais e procuravam uma conciliação. Ora apoiavam a esquerda, ora apoiavam a direita. Não se comprometiam. Podia se dizer que viviam "em cima do muro", de acordo com a sua conveniência.

Então como podemos ver, estes termos, centro-direita-esquerda, tinha, a princípio, uma conotação espacial.

Posteriormente foram adquirindo um perfil ideológico como nos dias atuais.

Se ouvirmos falar em direita, pensamos em conservadores; o termo esquerda nos faz imaginar revolucionários ou progressistas e centro denota aqueles indivíduos mais moderados ou conciliadores.

Mas o caminho que levou esses grupos a se tornarem ideologicamente distintos foi percorrido durante o século XIX em decorrência, principalmente, da reação das classes oprimidas, o proletariado, contra os seus opressores, a burguesia. Foi durante o século XIX que vários movimentos proletários tendem a se vestir de uma roupagem política, provocando em contrapartida uma contra-reação da burguesia que assume, mais enfaticamente, uma posição de radicalismo defensivo visando combater aqueles movimentos e manter as velhas prerrogativas ameaçadas.

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