É comum hoje em dia a utilização de determinados termos e expressões aos
quais, às vezes, não damos atenção, mas são importantes se queremos entender a
nossa situação política. Pessoas há que dizem "detesto política" e esquecem
ou não sabem que toda a sua vida, o seu dia-a-dia, giram ou estão intimamente
ligadas a essa circunstância, ou seja, á POLÍTICA. O preço do feijão, do
transporte, a escola do seu filho, o desemprego, o aluguel, a casa própria,
tudo é um caso de política. Uma decisão política, por exemplo, o aumento de uma
alíquota de imposto sobre a gasolina, faz aumentar a passagem do seu ônibus.
Conseqüentemente, a sua manicure que anda de ônibus, recompõe o preço do seu
trabalho. Você gasta mais, fica mais bonita, mas não sobra dinheiro para o
forró da sexta feira.
Se analisar bem, tudo é...............POLÍTICA.
Termos, tais como, centro, direita, esquerda, situação, oposição, são
banais hoje em dia e devem ser entendidos para que melhor possamos participar
ou compreender um pouco a quantas anda a nossa situação, as esperanças que
podemos cultivar, as lambanças feitas pelos nossos representantes, onde foi que
erramos na nossa escolha....!
Atualmente as posições políticas são classificadas em três rótulos
característicos e particulares: Direita Centro e Esquerda.
Deve-se essa terminologia, á Revolução Francesa (1789-1799). Luta
interna que envolveu políticos das várias camadas sociais, na França do século
XVIII. As posições que essas camadas sociais ocuparam (fisicamente) no
"Estados Gerais" (Espécie de Congresso Legislativo), deu origens
àquelas denominações Em 1789, quando teve início os trabalhos para a elaboração
da primeira constituição francesa, os representantes políticos (deputados) se
posicionaram "geograficamente" nos assentos do plenário da seguinte
forma:
Á Direita do plenário instalaram-se os representantes da alta burguesia
chamados de Girondinos. Era um grupo bem conservador, procuravam defender seus
privilégios e evitar que as classes populares pudessem chegar ao poder ou
tivessem suas reivindicações atendidas. Não pretendiam grandes mudanças e sim
reformas que os beneficiassem. Os representantes da esquerda os chamavam de
reacionários.
Á Esquerda se posicionaram os representantes da baixa burguesia, os trabalhadores
em geral e aqueles das camadas mais oprimidas. (sans-Culottes).
Esse grupo se reunia em um partido denominado de Jacobinos. Estes eram
mais radicais e queriam destruir toda a ordem política, econômica e social
existente. Lutavam por reformas que levassem á conquistas e melhorias sociais.
Eram progressistas e revolucionários e a direita os chamava de agitadores e
radicais.
No centro da assembléia acomodavam-se os membros representantes de uma
parte da alta burguesia, parte da pequena e média burguesia, alguns membros da
aristocracia, ou seja, a composição era variada. Não eram radicais e procuravam
uma conciliação. Ora apoiavam a esquerda, ora apoiavam a direita. Não se
comprometiam. Podia se dizer que viviam "em cima do muro", de acordo
com a sua conveniência.
Então como podemos ver, estes termos, centro-direita-esquerda, tinha, a
princípio, uma conotação espacial.
Posteriormente foram adquirindo um perfil ideológico como nos dias
atuais.
Se ouvirmos falar em direita, pensamos em conservadores; o termo
esquerda nos faz imaginar revolucionários ou progressistas e centro denota
aqueles indivíduos mais moderados ou conciliadores.
Mas o caminho que levou esses grupos a se tornarem ideologicamente
distintos foi percorrido durante o século XIX em decorrência, principalmente,
da reação das classes oprimidas, o proletariado, contra os seus opressores, a
burguesia. Foi durante o século XIX que vários movimentos proletários tendem a
se vestir de uma roupagem política, provocando em contrapartida uma contra-reação
da burguesia que assume, mais enfaticamente, uma posição de radicalismo
defensivo visando combater aqueles movimentos e manter as velhas prerrogativas
ameaçadas.
Fonte: www.eduquenet.net
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